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Pentecostes Festa Litúrgica será dia 05 de Junho

O Espírito Santo desceu sobre os Apóstolos: Pentecostes Festa Litúrgica será dia 05 de Junho

Neste ano de 2022 a Igreja Católica comemora em Junho Pentecostes, Festa Litúrgica será dia 05 de Junho, e deixo para vocês uma breve explicação do que significa Pentecostes e o que o Espírito Santo Paráclito pode fazer na vida de cada um de nós que somos parte da Igreja de Cristo.

A solenidade de Pentecostes é celebrada após 50 dias da Páscoa. Nesta festa, recorda-se o dom do Espírito Santo, que dissipa a confusão de Babel (Gn 11,9): com a morte, ressurreição e ascensão ao Céu de Jesus, os povos voltam a se entender com a mesma língua: a do amor. Em meados do século III, Tertuliano e Orígenes já falavam de Pentecostes como uma festa celebrada após a Ascensão.

No século IV, a festa de Pentecostes era celebrada, normalmente, em Jerusalém, como recorda a nobre peregrina Egéria, repropondo o tema da renovação, atuada nos corações dos homens com a vinda do Espírito.

Pentecostes teve início com o povo judeu, que celebrava a Festa das Semanas: um acontecimento de origens agrícolas, para comemorar as primícias da colheita e a colheita anual.

Com o passar do tempo, os Judeus começaram a recordar a revelação de Deus a Moisés, no Monte Sinai, e o dom das Tábuas da Lei, os Dez Mandamentos.

Para os cristãos, este evento tornou-se memorial de Cristo, que, ao voltar para a glória do Pai, se fez presente no coração do homem, por meio do Espírito, mediante a lei doada por Deus, escrita nos corações: “A Aliança, nova e definitiva, não é mais fundada em uma lei, escrita em tábuas de pedra, mas na ação do Espírito de Deus, que renova todas as coisas, gravada nos corações de carne” (Papa Francisco, Audiência Geral de 19 de junho de 2019).

Com Pentecostes, tem início a Igreja e a sua missão evangelizadora.

Se me amais, observareis os meus mandamentos. E eu pedirei ao Pai para dar-vos outro Paráclito, para que fique eternamente convosco. Se alguém me ama, guardará a minha palavra e meu Pai o amará e nós viremos a ele e nele fixaremos a nossa morada.

Quem não me ama não guarda as minhas palavras. A palavra que tendes ouvido não é minha, mas do Pai, que me enviou. Digo-vos essas coisas enquanto ainda estou convosco. Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos recordará tudo o que vos tenho dito” (Jo 14,15-16.23b-26).

Sinal de reconhecimento

Não é fácil falar sobre o Espírito Santo. O profeta Isaías, por exemplo, falou dos dons do Espírito: “Espírito de sabedoria e de entendimento; Espírito de prudência e de coragem; Espírito de ciência e de temor do Senhor” (Is 11,2). Mas, estes dons serão “inatingíveis” pela nossa experiência, se não forem ligados aos seus frutos: “O fruto do Espírito é caridade, alegria, paz, paciência, afabilidade, bondade, fidelidade, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há Lei” (Gl 5,22-23). Esses dons se iluminam entre si.

Logo, não é fácil falar do Espírito Santo, se não praticarmos seus dons.

Com efeito, os cristãos serão reconhecidos, precisamente, pelo modo de viverem os dons do Espírito: “Se me amais, observareis os meus mandamentos“. O amor é o sinal de reconhecimento de que vivemos segundo o Espírito.

O amor

Temos que amar a Deus para aprender a amar-nos uns aos outros. O amor a Deus não isola, não é alheio, mas nos ajuda a mergulhar-nos ainda mais nele, a ir para além da desconfiança e do medo.

Com este “mandamento” podemos entender que o amor não é apenas um sentimento, mas envolve toda pessoa, porque é uma escolha, uma decisão capaz de transformar quem ama.

Mestre interior

O Paráclito – termo que se encontra apenas no Evangelho de João – significa aquele que dá assistência, que vai ao nosso socorro; é o Advogado de defesa, que se opõe a quem acusa e divide (Satanás).

O Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos recordará tudo o que vos tenho dito”. A ação do Espírito acompanha a nossa realidade e guia rumo à plenitude da verdade (Cf. Jo 16,13).

Enfim, os dons que Jesus nos deixa e, ao mesmo tempo, nos sugere são: amá-Lo (Senhor e Deus), escutar a sua Palavra (Palavra de verdade) e observar seus mandamentos (garantia do maior amor).

Estes três dons são concretos e comprováveis, porque se iluminam e se revelam mutuamente. Não basta dizer “Senhor, Senhor” (Cf. Mt 7,21ss) para dizer que O amamos; não basta dizer que “escutamos a sua Palavra”, se não a colocarmos em prática: “Bem-aventurado o ventre que te trouxe… Antes, bem-aventurados os que ouvem a Palavra de Deus e a observam!” (Lc 11, 27-28).

Para saber isso, temos que saber como vivo os mandamentos; porém, não significa apenas “observá-los”, mas colher o seu espírito principal, ou seja, o amor (Cf. Jovem rico, Lc 18, 18ss).

Fonte: Vaticano

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