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Um santo amado e citado por muitos santos, como Santo Agostinho, Santo Ambrósio, São Prudêncio e outros que trouxeram à tona o testemunho desse grande diácono e mártir da Igreja.

Vicente nasceu na Espanha, em Huesca, no século terceiro. De uma família muito distinta e conhecida por todos, ele escolheu ser cristão e, assim, viver a santidade. Desde pequeno, foi entregue pelos pais à direção de Valério, Bispo de Saragoça, que contribuiu para sua formação na piedade e o fez seguir na ciência da religião e nas letras humanas.

Ordenado diácono pelo santo Prelado, Vicente exerceu o cargo com dignidade e felizes resultados. Eloquente em suas palavras e obras, não só ensinava como também fortalecia os fiéis.

Vicente viveu num período muito difícil da Igreja. Pelos fins do ano 303, Diocleciano e Maximiano – imperadores –, começaram a perseguir os cristãos e forçar muitos a se declarar a favor dos deuses; caso contrário, seriam martirizados.

O santo de hoje foi um dos que fez a opção por Jesus. Ele era um grande pregador da Palavra, mais do que isso, buscava viver a Palavra que pregava, esta que é, antes de tudo, Cristo Jesus, o Santo dos Santos, o nosso modelo, o nosso Senhor e Salvador. Diante das ameaças do governador Daciano, ele não recusou a se dizer cristão e fiel ao Senhor. Daciano, querendo assinalar o seu zelo e atividade em fazer cumprir os decretos imperiais, mandou prender Vicente.

Os tormentos o perseguiram. Foi um martírio lento, sempre com o objetivo de vencê-lo para que Daciano se desse como herói diante do Cristianismo, mas também com o objetivo de levar São Vicente a renunciar a própria fé, a sacrificar aos deuses. Fiel a Deus e sustentado pela oração, diante de si ele tinha o seu grande amor: Deus. Sendo assim, ele foi martirizado aos poucos, até mesmo levado à grelha, tendo seu corpo dilacerado, jogado numa prisão e, por fim, Daciano deixou-o num leito pedindo que cuidassem dele. Ali, sim, ele foi visitado por outros cristãos e entregou-se a Deus. Isto sucedeu-se no ano 304.

São Vicente tornou-se modelo para todos os cristãos e também padroeiro principal do patriarcado de Lisboa e também da diocese de Faro.

São Vicente, rogai por nós!

Referência:
Livro ‘Santos de cada dia’ – Organização de José Leite, S.J. 


Mais sobre São Vicente, Diácono, Mártir

Foi um mártir do início do século IV  em Valência (Espanha). É o santo padroeiro de Lisboa, em cuja Sé se encontram algumas das suas relíquias.

Durante o Império de Diocleciano, o delegado imperial Daciano moveu na Ibéria uma perseguição aos cristãos. Recusou oferecer sacrifícios aos deuses e foi cruelmente martirizado até à morte, que terá ocorrido em 304. Em Portugal é representado de modos diversos: com palma e evangeliário ou, mais habitualmente, com uma barca e um corvo, porque, de acordo com a tradição, quando, em 1173, o rei Afonso Henriques ordenou que as relíquias do santo fossem trazidas do Cabo de S. Vicente (o então «Promontorium Sacrum»), junto a Sagres, para a cidade de Lisboa, duas daquelas aves velaram o corpo do santo que seguia a bordo da barca – facto a que ainda hoje aludem as armas de Lisboa e de muitas outras povoações portuguesas. Em França, São Vicente é padroeiro dos vinhateiros e profissões afins, e tem como insígnias um cacho de uvas, para além da palma do martírio. 

Amado e citado por muitos santos, como Santo Agostinho, Santo Ambrósio, Como São Vicente Pallotti, Presbítero, fundador da Sociedade do Apostolado Católico.

Vicente: Significa “o que está vencendo”, “o que vence”, “aquele que conquista”  


Beata Laura Vicuña – Santa do dia 22 de Janeiro

Hoje também é o Dia da Beata Laura Vicuña.

Laura Vicuña Beata
Laura Vicuña Beata

Laura Vicuña foi a filha mais velha do casamento de José Domingo Vicuña e Mercedes Pino. José era militar, pertencente a uma família nobre do Chile. Já sua mãe vinha de uma classe social mais baixa. Por isso, tal casamento não foi querido pela família do pai de Laura.

No final do Século XIX, o Chile enfrentava uma Guerra Civil e também de Sucessão. Cláudio Vicuña, parente distante do pai de Laura, envolveu-se na disputa pelo poder, levando risco de perseguição e morte a toda a família. Por isso, vários membros da família tiveram que fugir para outros países.

Em 1894, nasceu a a segunda filha do casal, chamada Júlia Amanda. Pouco tempo depois, o pai, José Domingo, veio a falecer. A mãe, Mercedes, ficou sem recursos, praticamente na miséria. Além disso, portanto o sobrenome Vicuña corria outros riscos. Por isso, as três mudaram-se para a Argentina, a fim de esconderem-se durante um certo tempo, até que os conflitos no Chile terminassem.

Laura, sua mãe e sua irmã foram morar em perto de Neuquén, Argentina. Mercedes, mãe de Laura, procurou trabalho para o sustento da família e para poder pagar estudos das filhas. Procurando trabalho, chegou à estância de Quilquihué, que pertencia a Manuel Mora. Este, aproximou-se logo de Mercedes e pressionou-a para se tornar sua amante. Em troca, ele abrigaria as três na estância e pagaria o estudo das meninas. Sem outra alternativa, Mercedes aceitou.

Dessa maneira, Laura teve acesso ao colégio Las Hijas de María Auxiliadora (As Filhas de Maria Auxiliadora), que pertencia à Congregação Salesiana. Lá, ela foi instruída cultural e religiosamente. No dia dois de junho de 1901 ela fez sua primeira comunhão. Já neste momento, manifestou a vocação religiosa. Queria servir a Deus e afirmava disposição para entregar a vida para não pecar. E quis oferecer sua vida a Jesus e a Nossa Senhora pela conversão de sua mãe e de sua irmã. Dedicava-se à oração profunda desde menina.

Durante um período de férias escolares, Laura foi vítima de dois assédios violentos vindos de Manuel Mora. Laura, porém, resistiu. Em represália, Manuel deixou de pagar o estudo das meninas. Então, o Colégio Salesiano permitiu que elas continuassem estudando. Mas, Laura sofria com a situação de sua mãe e pensava que nada tinha feito para ajuda-la.

Certo dia, Laura decidiu entregar sua vida a Deus em troca da salvação de Mercedes, sua mãe. Dali a poucos meses, caiu doente. Numa outra visita à sua mãe, Manuel Mora a agrediu e feriu de morte. Mas antes de falecer Laura revela a sua mãe dizendo:

“Morro; eu mesma o pedi a Jesus. Faz dois anos que ofereci minha vida por ti, para pedir a graça de sua conversão, mamãe. Antes de morrer, terei a sorte de ver-te arrependida?”

Mercedes, chorando, respondeu: “Te juro que farei o que me pedes. Deus é testemunha de minha promessa.”

A pequena Laura deu um sorriso e disse: “Graças, Jesus! Graças, Maria! Adeus, mamãe! Agora morro contente!” Em seguida, Laura entregou sua alma a Deus.

Depois da morte de Laura, sua mãe, Mercedes, ficou escondida por um tempo na Argentina. Depois, mudou-se para Temuco. No ano 1906, voltou para Junín de los Andes. Lá, sua filha Amanda se casou com um jovem chamado Horácio Jones. Amanda tinha apenas 12 anos. Com o casamento de Amanda, Mercedes mudou-se para Freire. Lá, casou-se no civil e na igreja com um homem chamado Malitón Parra. Este, era honesto, justo e trabalhador. Mercedes e seu marido viveram 23 anos juntos. Ela faleceu em 1929.

Os restos mortais de Laura Vicuña, permaneceram no cemitério de Neuquén de 1937 a 1958. Depois, foram trasladados para Bahía Blanca, onde estão até hoje. As salesianas encarregaram-se do seu processo de canonização nos anos 1950. Em 1986, Laura Vicuña foi oficialmente declarada Venerável. Em 1955 um milagre aconteceu em favor da freira Ofélia del Carmen Arellano, desenganada por problemas pulmonares e curada sem explicação científica, pela intercessão de Laura Vicuña. Este milagre impulsionou sua causa de beatificação que, de fato, aconteceu em 1988 através do Papa João Paulo II.

Na cidade de Santiago, capital do Chile, foi construído o Santuário dedicado à Beata Laura Vicuña. Ele ocupa uma área de 30 hectares e fica aos pés do Cerro Renca. Também na cidade de Junín de los Andes foi restaurada uma igreja e dedicada a ela em 1999.

Beata Laura Vicuña, rogai por nós!


Institutos Laura Vicuña

Instituto Laura Vicuña (ILV) foi fundado em 15 de fevereiro de 1962, a pedido do Bispo diocesano D. Luiz Felipe de Nadal. O bispo, ao ver o quadro da heróica Laura Vicuña, aluna Salesiana do Chile falecida em 22 de janeiro de 1904, disse: «Coloquem este quadro exposto na vitrine da Casa de Comércio Jacques com a frase: “Esta é a patrona do novo Instituto de Educação, recentemente fundado nesta cidade pelas Filhas de Maria Auxiliadora ou Salesianas de Dom Bosco”».

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